Meio assim....

Se queres um pouco de tinta, tenho alguns pedaços de cores de tantos restos de amores, se servir contigo vou repartir, dono de ti não sou eu, e de mim? Quem me roubou???

Minha fantasia virou realidade e eu nem sabia, quando é que eu vou crescer? Pinto novos quadros só pra sobreviver.

Na estrada contida está o infinito a espera, que faço daquela janela? E a porta quem vai abrir?

Meus passos me seguem a retórica, sem sede, vontade ou fome. Que faço eu desse vendaval de emoções?

Perguntas sem respostas me fazem viva, só sei que “estou” porque tenho dúvidas, respostas? Quem as quer? Tijolo a tijolo construo meu caminho. Ninho? Já estou longe, em pastos distantes.

Tenho muitos mares a navegar, se bem que o mar é um só. O mesmo mar que olhas agora é o mesmo mar que eu sou.

Tanta coisa ditas

Tão pouco entendida

Quanta coisa se faz assim

Se trago alguém dentro de mim, sou carrasco e não amante, te quero assim, bem distante, pra que possa te sonhar nas horas de saudade.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 13/06/2009
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