Rascunhos

Sobre o mar... vim da água doce e corro para a salgada... um dia volto a ser “eu”.

As lágrimas nem sempre são visíveis.

As cicatrizes nem sempre são de dor.

Todo doce precisa de uma pitada de sal.

Minha parte água se renova com tua doce saliva.

Acordo gota a gota e me deito em cada maré.

Não quero me encontrar simplesmente, quero o encontro da busca ausente.

O pedaço que falta do quebra-cabeça é o que está sempre onde o colocamos, onde era mesmo que eu estava???????

A interrogação existe para que eu saiba bem a diferença entre responder e ficar calada.

Em cada mergulho deixo um pouco de mim até um dia sumir inteira e me juntar de vez com o oceano, sem papel, sem testemunha, sem anel.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 29/06/2009
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