Autêntico!(não "faço média" com ninguém!)

Tenho(infelizmente)ciência que não sou poeta

Coloco no papel só tristeza

Palavras desprovidas de beleza

De uma criação abjeta.

*

São lágrimas de um tolo

Que vaga ferido pela Terra

Cuj'alma imensurável sofrimento encerra

Cujo ósculo do Anjo Negro será o único consolo.

*

Sou autêntico,não "faço média" com ninguém

Nao sei escrever sobre alegria e amor

Sei apenas descrever a dor

Por isso não sou lido também.

*

Não faço para os outros agradar

Faço porque bem me faz

Ao coração traz um pouco de paz

Pois a alma necessita desabafar.

*

Assim como o martelo e o cinzel

Do escultor são companhia

A caneta e o papel

Me trazem um pouco de alegria.

*

Me fazem em arte(?) transformar

Os passos dessa estrada maldita

A minha desdita

Preciso de algum modo expressar.

*

Mas confesso que desanima

Abrir a pagina no 'Recanto"

E não ter nenhuma leitura,lamento tanto

Que meu verso(?) viv'alma não fascina.

*

Mas enquanto puder mover essa miserável carcaça

A caneta manejar

Continuarei a (se posso dizer isso) versejar(?)

Sobre ess'angústia que me despedaça.

*

Continuarei até que uma bala na boca enfie

Ou a Morte por si mesma meu suplício abrevie.

*

Arcanjjus Negrus
Enviado por Arcanjjus Negrus em 13/02/2010
Reeditado em 13/02/2010
Código do texto: T2085063