Quem Somos Nós? - trechos escolhidos

(trechos por mim escolhidos do livro:

ARNTZ, William; CHASSE, Betsy; VICENTE, Mark. Quem Somos Nós? A descoberta das infinitas possibilidades de alterar a realidade diária. Tradução de Doralice Lima. Rio de Janeiro: Prestígio Editorial, 2007.)

p.24 Um paradigma é como uma teoria, mas um pouco diferente. Uma teoria, como a de Darwin sobre a evolução, é uma ideia que procura explicar o funcionamento de alguma coisa. Ela deve ser testada, provada ou negada, apoiada ou contestada por meio de experimentação e reflexão. Um paradigma, por outro lado, é um conjunto de premissas implícitas que não se pretende testar; na verdade, sao essencialmente inconscientes. São parte do nosso MODUS OPERANDI como indivíduos, como cientistas ou como sociedade.

p.35 Não existe uma coisa criar a outra; apenas um estado de existência mútua em que causa e efeito são substituídos por SER.

p.49 Uma lição: "espreitar a si mesmo". Ou seja, estudar os próprios hábitos como se espreitasse uma presa, de modo a se apanhar fazendo coisas habituais e então fazer algo totalmente novo.

p.107 Eu crio minha realidade. Levo a vida que amo e amo a vida que levo.

p.119 Luke Skywalker, vendo Yoda retirar de dentro do pântano sua nave usando apenas a mente: "Não acredito!" - Yoda: "É por isso que você fracassa."

p.157 Não existe o bom e o mau, é o pensamento que os faz assim.

p.164 Um dia eu estava ao telefone com a Betsy revendo um material de animação. Eu reclamava porque alguns dos técnicos de animação classificaram o que eu queria que eles fizessem como doideira e afirmaram que eu nunca ia conseguir. Comecei um discurso sobre como as pessoas sempre me dizem o que não posso fazer e como isso acontece sempre, desde o início do segundo grau. Comecei a recuar no tempo, relacionando todos os "você não vai conseguir", quando subitamente parei. Alguém disse "emoção repetida"? Percebi que vinha criando essa situação há décadas! Por quê? Para que eu pudesse ter a emoção do tipo "Eu disse, sei mais do que você, vá se catar". Usei isso como motivador, para poder ser melhor do que alguém. E embaixo disso estava a insegurança! Eu projetava minha própria dúvida. No lugar de todo esse drama e dessa motivação e satisfação de baixo nível, eu podia simplesmente criar! ... Foi nesse momento que finalmente entendi o significado de "tomar posse de uma emoção". E essa emoção foi "aposentada". Já se passaram três anos e ninguém me disse o que não posso fazer.

p.181 Desejo -> Escolha -> Intenção -> Mudança

Não tem nada a ver com habilidade, talento ou inteligência. É só desejo.

p.185 Nos anos 1960, todos falávamos do Complexo Industrial Militar (CIM). E, embora ainda seja uma força em vigor, foi silenciosa e firmemente suplantado ao longo dos anos pelo Complexo Industrial do Entretenimento (CIE). O CIE causa a cada momento um impacto cem vezes maior que o causado pelo CIM. Veja bem, o CIE domina duas coisas importantes: manipula o desejo e a escolha e rouba poder das pessoas. Eles usam o "entretenimento" para criar o desejo e o vazio que nos fazem comprar o que eles produzem. Embora em princípio isso não seja tão diferente do coliseu romano, com o alcance da atual tecnologia ele se torna esmagador. Basta ver como todo noticiário, revista, filme, show de televisão cria desejos e faz com que nos sintamos impotentes e vazios - sentimentos que só os produtos podem satisfazer.

p.263 Era muito estranho. Houve um momento em que Betsy e eu paramos de ler o livro de visitas de nossa página na internet porque só havia três ou quatro tipos de comentários. Líamos "o filme mudou minha vida" ou "é maravilhoso" e então íamos para o próximo e era: "Seus nazistas, o mundo estaria melhor sem vocês." Eu não estava acostumado a isso. ... A coisa ficou tão feia, que telefonei para JZ Knight, que canaliza para Ramtha. Ao longo dos anos ela tem recebido sua dose de cartas ameaçadoras e me ajudou muito. Ela me disse: "Você tem de se desligar da reação dos outros ao que está fazendo. Algumas pessoas vão adorar você, outras vão odiá-lo. Por fim, quando estiver sentado à noite tomando seu chá e contemplando o fogo na lareira, você tem que estar feliz com o que realizou. Faça uma avaliação honesta de quem você é. E se achar admirável o que realizou, é isso o que vale. Se você desmoronar a cada vez que alguém não gostar do que fez, nunca sairá de casa.

11.03.2010