(In)Transparência
“A alma de muita gente
É como um rio profundo
A face tão transparente
E quanto lodo no fundo”.
A partir desta trova, podemos imaginar quanta gente vestida de pele de cordeiro, mas por dentro um lobo feroz. Nós, que moramos numa cidade violenta, perdemos a nossa generosidade, por não confiarmos mais nas pessoas desconhecidas que batem à nossa porta. São inúmeros os casos de assaltos, em que os meliantes, utilizando-se de fardas e crachás falsos, passam por cordeiros e nos atacam como lobos. Por conta disso, às vezes nos tornamos injustos, desconfiando de quem é honesto. Ainda não há instrumentos tecnológicos que detectem a imagem da alma. Eis aí razão de estarmos sempre com o nosso “desconfiômetro” ligado.