(In)Transparência

“A alma de muita gente

É como um rio profundo

A face tão transparente

E quanto lodo no fundo”.

A partir desta trova, podemos imaginar quanta gente vestida de pele de cordeiro, mas por dentro um lobo feroz. Nós, que moramos numa cidade violenta, perdemos a nossa generosidade, por não confiarmos mais nas pessoas desconhecidas que batem à nossa porta. São inúmeros os casos de assaltos, em que os meliantes, utilizando-se de fardas e crachás falsos, passam por cordeiros e nos atacam como lobos. Por conta disso, às vezes nos tornamos injustos, desconfiando de quem é honesto. Ainda não há instrumentos tecnológicos que detectem a imagem da alma. Eis aí razão de estarmos sempre com o nosso “desconfiômetro” ligado.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 19/05/2010
Reeditado em 19/05/2010
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