Memória

"La memoria define las experiencias; acaso todo ocurre después, cuando lo comprendemos, no en el rudimentario presente" (Jorge Luis Borges).

Ana, o presente é precário em termos de nos oferecer inteligibilidade a respeito do vivido. Usando uma metáfora tosca, se colamos o nariz na parede, pouco veremos e pouco entenderemos do real ao nosso redor e assim parece ser a vida: quando mais colocado nos acontecimentos que realizam a vida, maior parece ser nossa dificuldade de atribuir um sentido ao vivido. Quando, porém, a memória resgata o vivido e o trabalha sob o tribunal da cognição, aí, sim, tudo parece ganhar luz. Quando há o entendimento é que há o verdadeiro acontecimento. É por isso que se diz que do alto da montanha é mais fácil o entendimento do que se passa por toda a planície. Qualquer hora escreverei algo sobre, sim... Obrigado pelo comentário, bj.