O melhor dos mundos possíveis

Segundo o finalismo leibziano, Deus calculou diversos mundos antes de optar pelo criação deste que conhecemos. E o fez seguindo o critério do melhor, razão pela qual, na perspectiva otimista de Leibniz, este é o melhor dos mundos possíveis. "Pode-se dizer que aquele que age perfeitamente é semelhante a um excelente geômetra, que sabe encontrar as melhores construções de um problema; a um bom arquiteto, que arranja o lugar e o alicerce, destinado ao edifício, da maneira mais vantajosa, nada deixando destoante ou destituído de toda beleza de que é suscetível; a um bom pai de família, que emprega os seus bens de forma a nada ter inculto nem estéril; a um maquinista habilidoso, que atinge o seu fim pelo caminho menos embaraçoso que se podia escolher; a um sábio autor, que encerra o máximo de realidade no mínimo possível de volumes [de igual modo, entre os mundos possíveis, Deus escolheu criar o melhor entre eles]" (Leibniz, Discurso de metafísica).