"Batatinha quando nasce esparrama pelo chão..."

"Batatinha quando nasce espalha rama pelo chão!"

Esta seria a versão original; a outra seria consequência da cultura verbal - quando as pessoas escrevem da maneira como interpretam ao ouvir e não, necessariamente, da forma como foi feita inicialmente por escrito.

Outra típica é "Cor de burro quando foge." Na verdade seria "Corro de burro quando foge." pois ele fica muito violento e escoiceia para todo lado, como uma metralhadora giratória, podendo atingir quem se aproxime dele naquele momento de fuga e fúria.

Mais uma: "Quem tem boca vai a Roma." Na verdade seria "Quem tem boca vaia Roma." Faz sentido, pois só pode vaiar quem tem boca... Haveria uma justificativa histórica para o uso dessa expressão na época, mas não me lembro agora qual é, provavelmente algo relacionado à religião ou à política. A expressão mais recente, entretanto, também faz sentido, uma vez que quem tem boca (e pressupõe-se que possa falar) pode perguntar e com isso ir a qualquer lugar. A História diz que os romanos inventaram as estradas e que todas elas, portanto, levariam à Roma. Daí, talvez, o uso de Roma como referencial para um lugar que se queira atingir (no sentido de encontrar).

Mas já há quem defenda que não seria totalmente errado usar essas expressões, suposta ou de certa forma comprovadamente "erradas", justamente por elas já fazerem parte da cultura popular. E é aí que entra outro ditado também usado - embora ainda não distorcido: "Uma mentira repetida com convicção mais de mil vezes... acaba se transformando numa verdade!"

Estas (citadas como erradas), e outras similares, certamente já foram repetidas milhões de vezes e obviamente não há como parar esse processo. Já está realmente inserido na cultura popular e não haveria mesmo como reverter. O mais provável é que a lista cresça...