Desumano



Eu ainda me lembro, como se as estrelas desejassem que nunca me esquecesse, mantendo escrito em sangue dourado, bordado em renda humana, e iluminado ao fogo da meia noite, a certeza de que estou longe de ser o que deveria ser, onde a tormenta mental espreita preguiçosamente aguardando apenas cada momento presente para me fazer eternamente recordar do que não consigo esquecer: que sou um fraco, um conivente com o que aqui está, um  irresponsável e um desumano.
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 26/05/2013
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