Minhas Marés IV

Enquanto penduro tempestades no meu caminho meu coração serena num doce balançar de um furacão.

Sei o quanto pode durar o tempo que me basta, mas não quero que bastem aqueles minutos que me cabe.

Tenho que ceder ao inevitável, mas o inevitável pode ser “azul” se eu quiser.

Acabei entrando em um poema e nunca mais saí.

Se eu não for me buscar, como vou terminar minha história?

Dos meus olhos carinhos em forma de cachoeiras choram sem rios para desaguar.

Quem me afastou de mim agoniza diante da minha volta insólita.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 12/05/2014
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