Minhas Marés VI

Quantos dias tem uma noite de solidão?

Se eu não amanhecer é porque fiquei presa na noite que passou?

E se eu sair correndo sem parar chego perto do infinito?

Meu grito silencioso acordou seu olhar descuidado?

Tenho que dizer o que sinto ou o que sinto me diz tanto?

Não consigo esconder o óbvio nem mesmo quando muda me vejo?

Entrego-me sem querer quando faço antes de pensar?

Quantas pessoas cabem dentro de mim?

Escrevo pra saber que existo ou a escrita me inventou?

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 02/07/2014
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