Minhas Marés VII

Quem consegue sustentar um beijo por uma eternidade nunca morre de saudades ou solidão.

Algum dia eu me perguntei por que nasci. Hoje eu sei por que me perguntei e conheço a resposta.

No meu porto não há amarras. Só há pouso dependendo da maré.

Me encanta o canto desse mar, calmo ou agitado ele canta sem parar. E se o vento não soprar, ele, mesmo em silêncio, faz meu coração acelerar.

A vida me ensina numa corrente contínua, estou sempre aprendendo a me conhecer melhor. Meu “próximo” mostra o tanto que eu ainda tenho que navegar.

Se minhas ondas molharem teus pés, é porque você consentiu que eu te conhecesse.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 09/07/2014
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