A amizade de um cachorro sempre abana o rabo!

Está história pode parecer meio triste mais é! Leia com atenção!

está história é uma homenagem a cachorra Tusca!

Perto do natal. Quanto perto, eu não sei. Mas é certo que o natal vinha chegando nas nossas expectativas quando Tusca chegou.

Ainda não se chamava Tusca. Provavelmente tinha um nome lá dela, que nós soubemos. Para nós surgiu sem nome, cachorrinha aparecida de repente no nosso jardim, no nosso avarandado.

Não tinha jeito de quem está á toa, de quem está ali mas poderia estar em outro lugar. Não tinha hesitação nenhuma. Veio andando firme pelo gramado, firme apesar dos passos pequenos. Depois subiu o degrau de pedra, avançou até onde estávamos lendo jornal, e parou. Como se a tivéssemos chamado.

Parou e ficou nos olhando.

Branca, malhada cor de canela. O pêlo curto. O focinho pontudo. Os olhos pretos um pouco saltados. Ela toda pequena. Uma cachorrinha sem nada de especial. Simpática, porém.

Fizemos aquele tanto de festa cautelosa que se faz em cachorro que não é nosso é nosso. Ela comportou-se como se tivesse vindo exatamente para isso, e para algo mais.

Comida, na certa. Pensamos logo que deveria estar com fome. Arranjamos leite, pão. Carne não tínhamos, ração muito menos. Ela pareceu bem feliz com o que lhe oferecemos, servido num desses pratos plásticos de botar embaixo de vaso de planta. Comeu com sofreguidão, mas com bons modos caninos. Comeu, e não fez questão de ir embora.

Ir embora não era, visilmente, seu projeto imediato.

Instalou-se ao sol, perto de nós, quase nos autorizando a retomar a leitura do jornal.

Saltou um grunhidinho, deu uma boa esticada nas patas, e adormeceu.

Como é que agente se encanta de repente com uma criatura, uma cachorrinha no caso, mais do que se encantaria com outra qualquer? É assim um jeito. Um recado dado através do jeito. Sem palavras.

E o recado que a cachorrinha nos deu era: “eu sou especial”.

Naquele dia não foi embora. Á noite providenciamos mais alguma coisa para ela comer, forramos o chão no canto da varanda com jornais.

E fomos dormir, sem certeza alguma de encontra-la na manhã seguinte.

Pois na manhã seguinte, quando abrimos a porta, lá estava ela, sorridente- sorriso de cachorro, bem sabe, é rabo abanando.

Um dia Tusca teve seis filhotes e infelizmente fugiu de casa pelo ato de seu dono dar todos os seus filhotes de uma vez ela fugiu quando ele deu todos os seus filhotes e apareceu com somente duas fêminhas eles foram dormir esperando que na manhã seguinte Tusca estivesse na porta de casa feliz sorridente e abanando seu rabo mais... não Tusca já havia fugido... e esse é o final TRISTE da história de Tusca uma cachorra misteriosa...

Isabela Castilho
Enviado por Isabela Castilho em 30/05/2007
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