Á Procura de um Amor

À Procura de um Amor

Você está aí sozinho.

Devora um saco de batatinha frita

enquanto espera o telefone tocar.

Bem que poderia ser hoje, um amor novinho em folha!

Trrrimmmmmm!!! É a sua mãe, quem mais poderia ser?

Amor nenhum faz chamadas por telepatia.

Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes e encontrar você numa fase galinha,

nem aí para relacionamentos.

Pode chegar tarde demais

e ver você desiludido com a vida, desconfiado.

Por que ele nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, você está de banho tomado,

empregado e com dinheiro para ir ao cinema!

Agora que você pintou o apartamento, organizou o seu quarto.

E justo agora está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando se menos imagina.

Você passa a festa inteira hipnotizado alguém

que nem lhe enxerga e mal repara no outro alguém

que só tem olhos para você.

O amor é que nem tesourinha de unhas.

Nunca está onde a gente pensa.

O amor pode estar num corredor de supermercado,

numa fila de banco, ou numa livraria,

ao seu lado, num carro parado ali no trânsito.

O amor está em todos os lugares.

Você é que não procura direito.

Então, a primeira lição está dada: o amor é onipresente.

A segunda é mais imprevisível:

não espere ouvir eu te amo num jantar a luz de velas.

Amor não gosta de clichês.

É bem possível que aquele "eu te amo"

aconteça numa terça-feira,

à tarde, depois de uma discussão.

Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

AUTOR:capitão do amor

capitão do amor
Enviado por capitão do amor em 18/07/2007
Código do texto: T569721
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