"Preferes que te vejam oculta, sem licença, delicada flôr ungida?
        Deixe disso e e não te reprima os sentimentos e olhe bem o alvorecer que te saúda. De algum modo a poesia do mundo lhe franqueará os sorrisos, as estradas sem fim ou terá de arcar com os riscos de viver delicada demais..."



        "Com o olhar e todo amôr enfrentará os sonhos dos outros, ousará somente a inusitada fama de ser feliz, será a mal entendida ou até desisitida de viver na ilusão das vidas ôcas em seu caminho. Valentia de ser assim é o seu predicado maior - por pouco consentirá a felicidade que vier de terceiros."  



        "Retire o véu cristalino mágico e esta sua visão permitirá estar presente na realidade, se ofuscando nas verdades inventadas ferozes ou nas mentiras escuras que só refletem mal a luz verdadeira que renegou sempre sua vida."



       "Sua beleza não muito exigida a faz se esconder nesse vitral de cinzas artificial. Peço-te que retire o manto de sua vista. E olhe para os sinais da existência que ousam te acordar quando preferes estar caída em sonhos. Veja comigo os caminhos das santas que desconhecem altares, as rainhas sem reinos a duvidar, a pureza simples das flôres que nada exigem do jardim - a  não ser a fonte da vida que se faz de água e até de lágrimas bentas! Sinceridade é seu nome antigo e este teu rostinho alvo parece sem manchas..."
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 26/03/2017
Reeditado em 26/03/2017
Código do texto: T5952602
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