ALEA JACTA EST

A SORTE ESTÁ LANÇADA

Comandando a XIII Legião, Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separa a Gália Cisalpina e a Itália em 11 de janeiro de 49 a.C.. À época, o Senado romano proibia formalmente a todo general em armas de transpor essa fronteira sem expressa autorização. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou: “Alea jacta est” (A sorte está lançada). Destino ou predestinação, o General vinha acumulando prestígio e poder, com a vitória na Gália, o Senado sente-se ameaçado e faz votar a lei que impede qualquer comandante militar de atravessar o rio com suas legiões. Era um enigma e um dilema para o general.Sem as armas e soldados entraria em Roma como refém do Senado, com as armas e soldados atravessando o Rubicão, o Senado se tornaria refém do grande vencedor. Daí a frase histórica e apaixonante. Todos nós temos o nosso Rubicão na vida, nossos enigmas, dilemas, destino e predestinação.

A partir dali só Brutus e a conspiração do Senado Romano barraria o general, ao enfrentar o destino em busca da fatalidade, ninguém mais seguraria Júlio César. O general, estadista, orador, historiador e legislador romano, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entrou em Roma, afastou Pompeu e, ao fim de uma longa guerra civil, submeteu o Senado e o Império Romano aos seus desígnios de ditador vitalício. O Senado perderia a função já que ele se tornaria um legislador. Aí mexeu com os privilégios, também pelas reformas que fez.

Observamos que diferente do que o senso comum pensa, Júlio César não foi princeps (em latim, o primeiro no tempo ou no fim; o primeiro chefe; o mais eminente distinguidos ou nobre; o primeiro homem; primeira pessoa), portanto, Júlio César não pode ser considerado imperador romano, ainda que tivesse sido nomeado ditador vitalício em 45 a.C. Cesar obteve todos os títulos do Senado, menos o de Imperador.