EU VENCI A DOENÇA

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Aos 40 anos, eu trabalhava e levava uma vida normal, até descobrir que estava com leucemia: “me senti caindo em um poço. A palavra leucemia ecoava na minha cabeça enquanto o chão se abria num breu sem fim”. Apesar do medo e da angústia, quando eu soube da notícia perguntei para o médico se existia chance de cura. A resposta foi “Você tem 60% de chance de cura”. “Apeguei-me a isso e lutei. Imediatamente eu respirei fundo e segui em frente”. Alegre e otimista fui um paciente atípico. Não me deixei abater, li tudo o que podia a respeito da doença: a história, estatísticas, tratamentos, enfim, levei a pesquisa a sério.

“Você não pode ficar a mercê da doença”, tem que ter o domínio da situação. Durante o tempo que passei internado, debatia com a equipe médica, fazia perguntas, dava opinião e me sentia totalmente no controle: “é claro que muitas vezes me senti vulnerável”. Mas percebi que a inteligência emocional é ‘extremamente importante’. O apoio da família também é muito importante, e se hoje estou aqui contando a minha historia dedico toda ela a minha esposa, uma mulher maravilhosa “uma guerreira” assumiu a doença junto comigo e nunca me abandonou em momento algum e às vezes sofria até mais do que eu, e todo dia ela estava ali na minha frente, me mostrando que tudo é possível”. Hoje, depois de seis meses o tratamento terminou e eu estou “curado”, daqui para frente uma vida nova, foi “uma surra de gente grande”. Aflição, incerteza e desespero fizeram parte da minha vida, como um amigo meu sempre me disse “Grandes batalhas são para os melhores guerreiros”, mais não se ganha uma batalha sozinho por isso quero agradecer a “Deus” e a todas as pessoas pela qual não vou citar nomes, e não cometer a injustiça de esquecer alguém, que colocaram meu nome em suas orações, que dedicaram um pouco do seu tempo para me dar carinho e incentivo nos momentos que mais precisei, algumas mesmo sem me conhecer doaram seu sangue para salvar minha vida, este gesto de solidariedade e toda essa corrente positiva foram muito importante para minha recuperação. Agora, mais do que nunca eu acredito na “fé e na solidariedade. No sentido mais amplo da palavra”.

Deus abençoe a todos e muito obrigado.

Marco Antonio Ferreira Braz

Rio 27/10/2007

Deus é fiel