Já se passam cinco dias. Ela foi ver a filha, a janaina que está esperando para ela, um netinho na  Itália. Em Trevignano em Treviso. E aproveitando a oportunidade está dando uma lambidinha na "cria".       Ela embarcou às 12 h de domingo deixando atrás de si um rastro de saudade. Um vácuo. É incrivel a falta que falta  faz esta vivente  para este outro ser. O escritor.   É uma saudade doida que chega a tontear.    Sinto falta até do cheiro.       E durante muitos anos eu imaginava que isto era coisa inventada pelos romanticos. Estou mordendo a língua.      E a guardando a volta que ocorre lá pelos dias 23 de maio.     Sempre achei que o tempo é relativo.     Uma menina de dez anos sente que o tempo passa muito devagar pois ela está louca para ter quinze.      Uma ilustre senhora de cinquenta acha que velocidade do tempo está muito alta.       Um cidadão de sessenta vê o tempo correndo. 
        Com a saudade e com os meus 69 anos estou na situação da menina de dez anos. O tempo está muito lento. Quase parando. Resumindo: o amor e a saudade tem influencia explicita sobre o tempo.     Palavra de físico.
 
Geraldo Fulgencio  
 
11 h Quinta Feira 15 de Maio 2008 ou 6008