A ESTRELA D’ALVA
MOTE
Desponta a estrela d’alva, a noite morre.
Pulam no mato alígeros cantores,
E doce a brisa no arraial das flores
Lânguidas queixas murmurando corre.
Fagundes Varela (Rio Claro – RJ)
GLOSA
Desponta a estrela d’alva, a noite morre.
Na primavera, tudo fica mais poético;
é a beleza cândida que da natureza ocorre,
que a muitos dá especial tom profético.
Fatos e momentos a serem eternizados!
Pulam no mato alígeros cantores;
som e imagem, bem sincronizados,
não deixando nada a desejar a atores.
O cair da noite foi alegrado por pastores,
transpassando a todos paz e esplendor.
E doce a brisa no arraial das flores,
aroma, no ar, irradiou como um sedutor.
Por ser o clima, no local, bastante festivo,
um jovem a uma emoção ímpar recorre,
a fim de alcançar seu grande objetivo,
lânguidas queixas murmurando corre.