Mulher atemporal

Tu vestes roupas da moda,

Mas tem pensar bem eclético.

Adoras o Hermes, o hermético.

O teu pensar, ninguém poda.

Sua samsara só roda,

No sentido que quiser

e só faz o que bem quer.

Muda o foco num segundo

Te declaro amor fecundo,

Minha atemporal mulher.

 

Dilema do ser não ser,

Enfrentas em dois palitos.

Detesta quem fala aos gritos.

Preferes o ser ao ter.

E para te convencer,

Né tarefa pra qualquer.

É bem árduo esse mister,

pois tens um pensar profundo.

Te declaro amor fecundo,

Minha atemporal mulher.

 

Minha vida floresceu,

No dia que te encontrei

E minha busca eu parei,

Afinal aconteceu,

Tal qual caso do Dirceu,

Todo exilado requer

Resgatar seu bem-me-quer

E gritar pra todo o mundo:

Te declaro amor fecundo,

Minha atemporal mulher.

 

Tempo não pode apagar,

O que sinto por Kessil.

Sou um amante com bril,

Que só quer, amar e amar.

Enfrento as ondas do mar,

nadando sem escaler.

Luto com Rei, Chanceler.

Deixei de ser moribundo.

Te declaro amor fecundo,

Minha atemporal mulher.

 

Amar uma poetisa,

É tudo que sempre quis.

E mesmo sendo aprendiz,

Eu lanço versos na brisa,

Vem o vento e concretiza,

Tudo aquilo que quiser.

E ninguém meta a colher,

Porque nesse amor vou fundo.

Te declaro amor fecundo,

Minha atemporal mulher.

 

 

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 04/08/2023
Reeditado em 04/08/2023
Código do texto: T7853185
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