Galopando à Beira Mar

Poeta que canta com brilho e potência

Planetas, cristais e de terras viçosas

Mistério das flores das matas frondosas

Descreve o sertão, elocida a ciência

Em tudo que faz ele mostra decência

Porque no talento é bem mais singular

Retrata seu chão em versão popular

Mostrando futuro, presente passado

Cantando repente e quadrão perguntado

Nos dez de galope na beira do mar.

Eu fiz faculdade, cursei formação

Passei pela Harvard, tirando mestrado

Mas foi na sorbonne, que fiz doutorado

Só de nota máxima dez pontuação

Já fui CDF o melhor em gestão

Ciências, e história em primeiro lugar

No tempo ninguém coseguiu barrar

A nota mais alta explicando planetas

E dez notas dez do quesito gametas

Nos dez de galope na beira do mar.

Conheço de perto razão, geologia

Também sou formado em minério de urânio

Eu sei implantar micro chip no crânio

Sei tudo das flores, cascata e poesia

Eu posso formar qualquer grande teoria

Entendo de míssil e bomba nuclear

Domíno o sistema, energia solar

Eu tenho a cartilha de um bom fuzilista

Sei tudo de guerra sem ser terrorista

Cantando galope na beira do mar.

Eu acho brilhante a formiga de roça

Com plena prudência fazer previsão

Saber quando a chuva cairá no seu chão

Podendo enundar toda sua palhoça

Carrega a mudança a um lugar onde possa

Salvar todo estoque que pôde estocar

E dessa maneira poder se livrar

Ficar protegida da fúria do inverno

Traz tudo anotado sem ter um caderno

Nos dez de galope na beira do mar.

Também adimiro o poeta saber

De tudo que sabe presente e futuro

Ser bem preparado, ser sábio e seguro

Pensar o que diz e pra não disdizer

Saber o que pode e não pode fazer

Só fala do campo que sabe explicar

Inverno e verão de colher e plantar

De açude sangrando e baixio molhado

Fartura no chão e babugem pro gado

Nos dez de galope na beira do mar.

Há muita ciência num feto gerado

No útero cheio ficar submerso

Mas só pelo tempo que está em processo

Aquele embrião que já foi fecundado

E por um cordão que ele fica ligado

Placenta é por onde se ajuda gerar

Depois de gerado começa a formar

Ganhando uma forma e também estrutura

Se nutre de peso, tamanho e postura

Nos dez de galope na beira do mar.

Não faço piada de quem canta bem

Porque não tolero quem faz baixaria

Quem canta e conhece da nossa poesia

Merece dos outros respeito também

Se o vate for bom quando a taça não vem

Encanta cantando sabendo agradar

Até a platéia que não lhe apoiar

Com isso ele mostra que é bom de repente

E o verso que faz com a força da mente

Nos dez de galope na beira do mar.

Eu acho bonito o poeta sagaz

Que tem a cartilha da nossa poesia

Fabrica seu verso de noite e de dia

Fazendo do geito que só ele faz

Falando em natura, de amor e de paz

Afina a viola que sabe tocar

Soltando repente pro povo escutar

Tirando da mente seu improvisado

Falando em futuro, presente e passado

Cantando galope na beira do mar.

Troya DSouza
Enviado por Troya DSouza em 03/10/2023
Reeditado em 04/10/2023
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