Meu Grito de Repúdio

Quero só lhe mostrar minha revolta

E o tamanho da minha frustração

O Nordeste a mercê dessa omissão

A voz presa no peito não se solta

Esse caso que vejo me revolta

E o vilão no poder, dissimulado

Eu não vejo ninguém interessado

Nas questões que se voltam pra esse tema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Já faz tempo que sofro nesse caso

Do que vem por aqui, acontecendo

E eu não vejo ninguém se envolvendo

Pra tentar solução junto ao descaso

Um desastre mortal a longo prazo

Deixa o mar poluído e destroçado

Não existe ninguém preocupado

Pra tentar resolver esse dilema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Têm queimadas na selva da Amazônia

Onde o mundo real se preocupa

Mais um fato que a vários se agrupa

Dando em gente graúda, a tal insônia

Sem pudor, sem moral e cerimônia

Teve gente demais preocupado

Mesmo assim não se aponta um acusado

Nem as provas concretas desse lema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse cupado.

Claramente eu defendo a fauna e flora

O riacho, a cascata e os pomares

Igualmente defendo rio e mares

Que precisam de nós a toda hora

Eu não ligo pra alguém que me ignora

Nem com isso me sinto acabrunhado

Vendo tudo que é nosso ser queimado

Porque têm burocráticos no esquema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Vejo manha, maldades e manobra

Com malícia, impureza e

ambição

Muito papo pra pouca reação

Toda prova que tem alguém desdobra

Me disseram que a ajuda era com sobra

Pra tentar reflorir o chão queimado

Mas agora que tudo está melado

Precisamos limpar o ecossistema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Vejo lixo nas praias nordestinas

E petróleo nos mares brasileiros

Tem a pesca ilegal dos açougueiros

Responsável por ondas repentinas

De instinções nas espécies genuínas

E outra parte do solo desmatado

Quem desnuda a natura é acusado

E tem que ser combatido à força extrema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

O Brasil, passo a passo está perdendo

A beleza, a floresta, os animais

Nosso mangue, os recifes de corais

O bioma também se dIssolvendo

Caatinga em geral,! sobrevivendo

E quem destrói vive bem ambientado

Executa de modo planejado

No pulmão da floresta um eczema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Este caso na Russia ou Alemanha

Na Coreia do Norte ou no Irã

Frente a Putin, Fidel, Bush ou Netan

Tinha sido fichinha, uma façanha

Porque lá só se morre quando apanha

Pra deixar um registro confessado

Diferente daqui, é arquivado

Sem ninguém desvendar essa blasfema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

No Brasil simplesmente é tudo assim

Tudo pode ser bem naturalmente

Sempre tem um vilão, um delinquente

Cuja a sua ganância não tem fim

Ele engana seu povo, não a mim

Que eu conheço de longe um descarado

Quem pensar que me engana é enganado

Vou além divulgando o enfisema

Ninguém sabe as origens do problema

Nem se vai ser punido esse culpado.

Vou soltando meu grito, meu apelo

Quero ouvir a justiça da verdade

Ver a honra, encontrar dignidade

Pondo fim nesse grande pesadelo

Destruir quem nos leva ao desmantelo

Porque quem mata a mata é acusado

Tem que ser pelo menos condenado

Pela força real, corte suprema

Pra dizer as origens do problema

E afinal ser punido esse culpado.

Troya DSouza
Enviado por Troya DSouza em 05/10/2023
Reeditado em 05/10/2023
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