De professor para professor...Sugestão de ATIVIDADES PARA AULAS DIFERENC IADAS - parte 1
(Amigo leitor,
Para você que nos prestigia com sua agradável visita
diária, informamos que, face ao início do ano letivo a
ocorrer a partir de amanhã, 02/03, nosso ritmo de
publicações tende a diminuir significativamente, visto
que trabalhamos nos 3 turnos.
( Também, quem mandou escolher o ramo da educação
como fonte de sobrevivência, não é?
Mas, nós dissemos "tende a diminuir" e não, "parar". Por is-
so, sempre que possível, volte lá à nossa página no Re-
canto das Letras para ver se não pudemos publicar nada.
Você sabe o quão felizes ficamos com cada visita sua !
Faremos o possível para não desapontá-los. Um bom fim-de- semana a todos ! Mas, vamos ao assunto do artigo de
hoje...)
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Tentando "dar o exemplo", com relação ao nosso artigo
anterior, intitulado "para a reflexão do colega professor"..., em que
tentávamos estimular cada professor a passar para o colega da mesma disciplina atividades de resultado positivo aplicadas em sala, utilizamos este espaço para sugerir (visto que foi/tem sido experiência aprovada PRINCIPALMENTE pelo alunado) a aplicação, por nós, destes dois recursos/atividades "diferenciadas" e - o que é melhor - podem ser
aplicadas em qualquer disciplina .
Aqui, nesta oportunidade, informaremos apenas a primei-
ra das duas (para não ficar muito extenso para um só dia), mas,
sempre que formos nos lembrando de outras de resultados com-
provadamente positivos, torná-las-emos (crendeuspai para essa for-
ma verbal com mesóclise!) públicas. O.K.?
Vamos à primeira :
1) IMAGENS DE ILUSÃO ÓPTICA
(Relembrando a diferença entre "ilusão óptica" e "ilusão ótica" :
a primeira refere-se à visão, ou seja : a impressão de ter VISTO
algo; a segunda, à audição, ou seja : a impressão de ter OUVI-
DO algo).
(observação : há sites, na internet, se não nos enganamos, com
esse mesmo nome - "imagens...."
Caso, porém, tenham dificuldade de conseguí-las,
mande o seu recado para esta nossa página que tentaremos
encontrar um meio de enviar as INÚMERAS imagens já seleciona-
das de que dispomos, ok?)
.....................................
Justificativa : é fato público e notório que o aluno tem uma IMEN-
SA dificuldade interpretativa e isso, talvez, possa
ser reflexo de, em sala, não serem trabalhadas ati-
vidades específicas que possam levar o aluno a ir
superando gradativamente, sem perceber, essa sua
limitação.
Objetivo : fazer com que o aluno perceba que, numa imagem de
ilusão óptica, não apenas aquilo que é visível está con-
tido nela e que, se ele - o aluno - se concentrar mais
detidamente nela, verá que várias outras possibilidades
de interpretação podem ser consideradas (e aí entra a
criatividade individual do aluno : um deles pode interpre-
tar tal parte da gravura como sendo "x"; outro aluno, pa-
ra essa mesma parte da gravura, dar uma outra interpre-
tação)
Temos, como exemplo, uma imagem de um EXPLÍCITO
(à primeira vista) "buquê" de flores.
Porém, quando aguçamos a visão, percebemos, aos
poucos, que, em meio às flores, há VÁRIOS ROSTOS
HUMANOS (desculpem a redundância em "rostos huma-
nos").
O objetivo, portanto - dentre outros - é, também, fazer
com que o aluno perceba que, assim como ocorre nes-
sas imagens de ilusão óptica, também na INTERPRETA-
ÇÃO DE UM TEXTO, ele não deverá se ater tão-somente
àquilo que é perceptível à primeira vista.
Ou seja, trata-se de uma atividade - diga-se de passa-
gem, AGRADABILÍSSIMA - que se destina a desenvolver
no aluno a capacidade de fazer uma LEITURA POLIS-
SÊMICA de qualquer texto.
E o que é mais importante nesta atividade lúdica : O
aluno se entrega por inteiro na busca da resposta, que,
para ele, REPRESENTA UM D E S A F I O .
E- nós professores sabemos disso - o aluno adora SER
DESAFIADO, desde que, obviamente, a atividade a ele
dada - e esse é o caso da presente sugestão - esteja
dentro de sua capacidade de solução.
OPERACIONALIZANDO A ATIVIDADE :
IMPRIMA - em quantidade correspondente a cada
turma - as imagens e DISTRIBUA-as. UMA FOLHA
PARA CADA ALUNO.
Além dessa folha impressa, também ENTREGUE UMA
FOLHA DE PAPEL OFÍCIO para que o aluno nela regis-
tre cada detalhe "além do explícito" que for detectan-
do.
(obs.: caso necessário ou conveniente, é
atividade que pode ser trabalhada EM
DUPLA, considerando-se a possibilida-
de de um ou outro aluno ter uma cer-
ta dificuldade para descobrir detalhes.
Outra atividade semelhante a essa e
que pode ter o mesmo objetivo é o
conhecido "JOGO DOS SETE ERROS",
também de fácil aquisição na própria
internet)
PASSAR AS INSTRUÇÕES AOS ALUNOS :
- Cada aluno (ou dupla) terá 30 segundos para ob-
servar todo o conteúdo da gravura, tentando me-
morizar o máximo de detalhes VISÍVEIS possíveis.
- Conceder 5 ou 10 minutos para que o aluno regis-
tre na folha de papel ofício tudo que ele pôde per-
ceber.
- O aluno deverá indicar :
. Numa rápida visualizada da gravura, o que é
facilmente perceptível ?
. O que só foi percebido após uma observação mais
profunda ?
. (Aqui neste último item é que o professor irá ob-
servar quais alunos têm uma capacidade observa-
tiva mais apurada e quais os que têm um pouco
mais de dificuldade nisso. A partir de tal desco-
berta, o professor decidirá - inclusive com a
coordenadora do colégio - que atividades extras
complementares devem ser sugeridas a esses a-
lunos que demonstraram um pouco de dificuldade
ou demoraram mais para descobrir os detalhes.
. Agora, entra o PARALELO DE ATIVIDADES :
O professor pode - a seu critério, na mesma aula -
DISTRIBUIR UM TEXTO RECHEADO DE DETALHES
INTERPRETATIVOS QUE O ALUNO DEVERÁ DESCO-
BRIR / RELACIONAR .
Para esta atividade, citamos - como exemplo - fra-
se do tipo "Puxa, amiga, você está até bonitinha
hoje" (QUE CITAMOS NUM DOS NOSSOS ARTIGOS
ANTERIORES) para que o aluno descubra se essa
frase contém um elogio ou uma ofensa.
Ficamos por aqui, hoje. No próximo encontro
- que esperamos não demore - mostraremos QUE ATIVIDADES DE
PESQUISA VIA INTERNET (mesmo que a escola não disponha de sala
de informática) PODEM SER TRABALHADAS COM O ALUNO, agora, com
a finalidade de AMPLIAR A VISÃO DE MUNDO DO ALUNO...qualquer que
seja a disciplina.
Chega, "né?