Esse verbo ACREDITAR não sabe o que quer como complemento...
Apesar de, no "Aurélio", constar que esse
verbo tanto pode ser considerado TRANSITIVO DIRETO (quando pe-
de um objeto direto como complemento - e no objeto direto não há
espaço para preposição -, como TRANSITIVO INDIRETO (quando pe-
de como complemento um objeto indireto - neste caso, é obrigatório
que depois dele venha uma preposição -.
Porém, A PERGUNTA QUE ESSE VERBO PER-
MITE (para indicar o seu tipo de complemento) é : EM QUE/ EM QUEM,
como neste exemplo :
"Ele acredita EM tudo o que lhe dizem". (aqui, o verbo acre-
ditar é transitivo indireto).
Mas - aqui vem nossa discordância - na
frase "Você acredita QUE eu fui roubado"?, ninguém - ABSOLUTAMEN-
TE NINGUÉM - diz (como deveria dizer) :
"Você acredita EM que eu fui roubado" ?
Não é estranho ?
Sou daqueles que acham que esse verbo
só deveria ter como regência a preposição EM (quem acredita, acre-
dita EM alguém ou EM alguma coisa), e, neste caso, ele só deveria
ser considerado como verbo transitivo indireto, isto é, só permite co-
mo complemento um objeto indireto que, neste caso, teria de ser i-
niciado pela preposição EM.
À reflexão dos leitores e - em especial -
dos colegas professores de língua portuguesa...
(P E P I N O !!!)