Que disparate gramatical ! "brasileiro"... adjetivo pátrio de quem nasce no Brasil???
Não, não estamos maluco não ! e não é sem
propósito a nossa colocação acima.
Querem ver ? Vamos aos elementos que for-
mam a palavra... Antes, porém, relembremos o seguinte :
a) São sufixos / terminações indicativos de adjetivo pátrio :"ense" (ca-
nadENSE, brasiliENSE...); "ano" (australiANO, alagoano), etc.
b) O sufixo "EIRO" (ao que nos parece) não faz parte das terminações
indicativas de adjetivo pátrio. Acaso algum dos nossos leitores se
lembra de algum adjetivo pátrio terminado em EIRO?
C) O sufixo "EIRO", por outro lado, existe sim, mas INDICANDO profis-
são ou ocupação.
(BiscatEIRO - quem se mantém com a atividade de biscate;
TaxEIRO - quem se mantém com a atividade de motorista parti-
cular...)
Uma perguntinha "socrática" : o que andam
fazendo os nossos insignes gramáticos ? Por que não se manifesta-
ram contrariamente (caso confirmem nosso ponto de vista aqui exter-
nado) junto àqueles que cunharam a expressão, antes de deixá-la po-
pularizar.
Já imaginaram o ridículo que seria perante
o mundo se se levantasse a possibilidade de alterar a palavra BRASI-
LEIRO por uma destas alternativas ?
- Brasiliano
- Brasilense (para diferenciar de brasiliense)
etc, etc...
A única - embora remota, queremos crer -
possibilidade de se justificar a existência da palavra "brasileiro" seria,
T A L V E Z - dissemos "talvez" - esta :
Por causa do possível nome dado aos nati-
vos que cortaval ou comercializavam o pau-BRASIL (seriam "brasilei-
ros" ?) ?
Mas, tal hipótese teria de ser referendada
pela História. Será que a História teria subsídios para confirmá-lo ?
(Acho que depois de nosso texto no. 500,
como diz uma espécie de bordão na novela das 8, "estão querendo a-
pagar as lamparinas de meu juizo"...)