Gramática - Frases,Orações,Sujeitos e Predicados

Conforme podemos perceber na Gramática de Evanildo Bechara, a gramática apresenta diversos enunciados que nos ensinam o domínio da Língua Portuguesa. Toda língua parte de enunciados como:

O Brasil é o país do futuro.

Aquela casa é espaçosa.

O cantor cantou no salão.

Bom dia!

Boa noite!

E outros mais.

Alguns enunciados não apresentam verbos e são chamados de frases e outros que apresentam verbos, além de frases, também são chamados de orações. Existem as orações independentes e as orações dependentes, as coordenadas sindéticas e as coordenadas assindéticas, as subordinadas substantivas, adverbiais e adjetivas que são dependentes de uma oração principal.

Para analisarmos as frases, deveremos partir de enunciados simples, como no exemplo:

.Pedro comeu a banana, na qual Pedro é o sujeito, comeu a banana é o predicado e este será verbal, o seu núcleo será comeu e a banana será o objeto direto. Para descobrir se é objeto direito ou não, eu pergunto o que ou quem ao verbo.

Analisando uma outra frase, como no exemplo: A perseverança é fundamental estaremos diante de um enunciado, no qual para se localizar o sujeito, usaremos os mesmos procedimentos do exemplo anterior, só que dessa vez o predicado será nominal, por termos um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Os verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, continuar, andar (em alguns casos) e outros que indicam ligação.

Nessa outra frase: O homem dirigiu embriagado, teremos uma frase completamente diferente das duas anteriores. Por exemplo: O homem dirigiu e estava embriagado. Teremos um predicado, no qual englobaremos os dois tipos de predicados mencionados anteriormente. Será um predicado verbal por conter ação e também ao mesmo tempo um predicado nominal por conter uma qualidade: embriagado, ou seja, será um predicado verbo nominal. Terá dois núcleos: dirigir e embriagado.

As outras classes gramaticais presentes na análise sintática são o adjunto adverbial que expressa as circunstâncias de lugar, tempo, modo, companhia e outros; os adjuntos adnominais que na maioria dos casos são os artigos: o, a, os, as, um, uma, uns umas, os adjetivos e as locuções adjetivas, daí a necessidade de se conhecer e estudar cada classe gramatical individualmente, para que não tenhamos dúvida na hora de classificar sintaticamente cada elemento proposto na oração.

As classes gramaticais são 10: artigo, substantivo, adjetivo, pronome, numeral, interjeição, verbo, advérbio, preposição e conjunção. Há vários tipos de sujeitos: simples (quando só há um núcleo), como nos exemplos anteriores mencionados; compostos (quando há dois núcleos), como se eu dissesse: Pedro e João gostam de bananas. Oculto ou elíptico: Gostamos de maçã, Ando de bicicleta, Invalidaste a oração; indeterminado, quando estamos diante da terceira pessoa do plural, como em: cantaram de noite, na qual eu não sei quem cantou de noite e na terceira pessoa do singular acompanhada da partícula se, como no exemplo: partiu-se de manhã.

Em verbos que exprimem circunstâncias de tempo, como em chover, relampejar, trovejar, temos orações sem sujeito e também em casos do verbo haver com sentido de existir são os chamados verbos impessoais.

2-Aposto e Vocativo

O aposto é quando um termo está explicando um termo anterior:

Brasília, capital do Brasil, foi inaugurada em 1960.

Nessa frase, capital do Brasil é o aposto, pois está explicando o que é Brasília: a capital do Brasil.

Quando estamos diante de enunciados que chamam outras pessoas, por exemplo: Meninos, por favor, venham aqui! Turma, por favor, faça silêncio! Temos um caso de Vocativo que no caso são: meninos e turma. Eu estou pedindo algo e o verbo deverá vir no imperativo.

3- Orações Subordinadas Substantivas, Adverbiais e Adjetivas

As orações subordinadas substantivas, adverbiais e adjetivas são orações que exercem a função de substantivos, advérbios e adjetivos, respectivamente e são termos dependentes de uma oração principal. As orações subordinadas substantivas são classificadas em: subjetivas (quando exercem a função de sujeito da oração), objetivas diretas, quando exercem a função de um objeto direto; objetivas indiretas, quando exercem a função de um objeto direto; predicativas: quando exercem a função de um predicativo do sujeito; completivas nominais: quando exercem a função de um complemento nominal; e apositivas, quando têm a função de um aposto.

Alguns exemplos de orações subordinadas substantivas:

É necessário que o Brasil cresça.

Que o Brasil cresça será uma oração subordinada substantiva subjetiva, pois exerce a função de sujeito da oração: Que o Brasil cresça é necessário.

Desejo que sejas feliz. Que sejas feliz tem o valor de um objeto direto, tem o valor também de um substantivo e é uma oração, pois contém verbo; por isso ela será classificada como uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Lembro-me de que tu me amavas. Exemplo que eu tirei do site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/oss.shtml nos mostra um exemplo de oração subordinada substantiva objetiva indireta, pois tem o valor de um objeto indireto, apresente preposição e eu tenho que perguntar ao verbo: Lembro-me de que? A resposta: de que tu me amavas. É uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.

A verdade é uma só: ela não me ama. Nesse caso, temos um exemplo de Oração Subordinada Substantiva Apositiva. Normalmente, as orações subordinadas substantivas apositivas vêm após dois pontos e apresenta verbo.

Ela tem necessidade de ser amada. Nesse caso, temos um exemplo de oração subordinada substantiva completiva nominal.