CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO

É bastante comum nos deparamos com a terrível dúvida quando queremos diferenciar um texto denotativo de um texto conotativo. Afinal, o que é e como sabemos quando um texto é empregado em sentido real ou figurado?

Veja os exemplos "a" e "b" e depois chegue a uma conclusão lógica

a) Fiz uma cirurgia no meu coração e já estou recuperado do meu problema cardíaco.

b) Quando te vejo passar, minha amada, meu coração pega fogo de tanta alegria.

No exemplo “a” observamos que a palavra coração foi empregada no seu sentido real, isto é, dicionaristicamente, sem dupla interpretação. Desta forma utilizamos uma linguagem denotativa

Observe que no exemplo “b” a palavra coração ganhou novas possibilidades de interpretação fora do contexto do dicionário. O sentido implícito na declaração é de que alguém fica louco de paixão, excitação ou até mesmo delírios quando vê a amada passar. Note, portanto, que houve um exagero. Vê-se claramente o sentido figurado, subjetivo, emotivo da linguagem empregada. Desta forma, utilizou-se uma linguagem conotativa.

Fica fácil perceber que na DENOTAÇÃO a palavra tem valor referencial ou denotativo e é tomada no seu sentido usual ou literal, ou seja, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.

Ao passo que a CONOTAÇÃO resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra, isto é, outro plano de conteúdo pode ser combinado ao plano da expressão. Este outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou positivos, reações psíquicas que um signo evoca.

Assim, a CONOTAÇÃO é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca.