O CORRETO EMPREGO DO INFINITIVO PESSOAL E DO INFINITIVO IMPESSOAL
O infinitivo de um verbo ora é PESSOAL (AMAR eu, AMARES tu, AMAR ele, AMARMOS nós, AMARDES vós, AMAREM eles), ora é IMPESSOAL (AMAR eu, AMAR tu, etc.).
1.ª REGRA: (do filólogo português Jerônimo Soares Barbosa) – “Flexiona-se o INFINITIVO quando ele tiver SUJEITO PRÓPRIO, distinto do SUJEITO do verbo regente. Caso seu sujeito seja idêntico ao do verbo regente, não se flexionará o infinitivo”.
DECLARAMOS (nós) ESTAR (nós) dispostos a AGIR (nós).
VISTE (tu) ESTAR (tu) perdido.
DEVEIS (vós) SER (vós) melhor informados.
Observe:
JULGAMOS (nós) SEREM (vocês) todos inocentes.
CREIO (eu) HAVEREM SIDO infrutíferas as buscas (= buscas é sujeito de HAVEREM SIDO, e portanto, diferente do verbo REGENTE CREIO).
2.ª REGRA: O infinitivo será impessoal (não se flexiona) se o verbo regente for: MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, ENSINAR.
MANDE-os sair.
DEIXAR vir a mim as criancinhas.
FAZEI-os compreender.
VEREIS morrer os filhos caros.
ENSINOU-nos a cantar.
3.ª REGRA: Em se tratando do verbo PARECER, admitem-se duas construções distintas:
Eles parece saírem. / Eles parecem sair.
As moças parece gostarem dos rapazes. / As moças parecem gostar dos rapazes.