(A respeito do termo PARVO, como sugestão de ÚNICO antônimo para INTELIGENTE), estamos devendo um esclarecimento.

Usar o termo "ÚNICO", ao se referir a resposta

para qualquer pergunta alusiva a um conteúdo da língua portuguesa, é uma enorme temeridade, uma vez que, para cada uma dessas perguntas, haveria sempre a possibilidade de mais de uma resposta aceitável.

Por exemplo : se pedissem para classificarmos morfologicamente a palavra A, a depender de diferentes contextos (que é o que determina a classificação morfológica na língua portuguesa), poderíamos ter as seguintes classificações : artigo, preposição,

pronome oblíquo, substantivo, etc.

E não poderia ser diferente quando fosse pedida a relação de sinônimos ou antônimos para determinada palavra.

Qualquer um pode verificar que, no dicionário, para qualquer palavra há sempre diversos possíveis sinônimos (e, por consequência, antônimos).

Quando sugerimos, naquele nosso artigo, a palavra PARVO como Ú N I C O antônimo para INTELIGENTE, tínhamos em mente os seguintes objetivos (com os quais o amigo leitor pode ou não concordar. Aliás, aqui neste nosso espaço, propositadamente, trazemos mais questionamentos do que propria-

te respostas para diversos assuntos de nossa língua, porquanto imaginamos que é através do questionamento que aprendemos a analisar as coisas com mais profundidade), mas, continuando...tal

sugestão de UNICIDADE por nós apresentada tem como objetivos:

- Desvincular o termo "DESinteligente" da relação de sinônimos

criados a partir do "reino animal" (são empregados como sinô-

nimos de desinteligente : BURRO, JUMENTO, JERICO, ANTA, ASNO...),

visto que - a nosso ver - não procede o uso de tal "empréstimo

vocabular", visto que É EXATAMENTE A FALTA DE INTELIGÊNCIA

QUE DISTINGUE O HUMANO DO ANIMAL. A

Aduza-se a isso o fato de que, quando usamos, POR DESCONHE-

CERMOS ALTERNATIVAS SEMÂNTICAS MAIS ADEQUADAS, termos

como aqueles (burro, anta, etc) não temos necessariamente a in-

tenção de comparar determinada pessoa a um animal.

- (Reduzindo a UMA ÚNICA OPÇÃO- no caso, "parvo"), queremos

crer que isso facilitaria a memorização de um termo mais eufônico

aos ouvidos (veja como soaria mal aos ouvidos sinônimos como

"pacóvio"...).

Finalizando, além de destacar que jamais

teremos a presunção de ser o dono da verdade quando sugerimos algo - mesmo porque a própria verdade já é algo relativo, visto que cada um tem sua própria maneira de ver as coisas - e na defesa da credi-

bilidade que, modéstia à parte, este nosso espaço atingiu, seria incon-

cebível de nossa parte demonstrações de leviandade ou irresponsabilidade, a ponto de, nela, inserirmos qualquer matéria que

não tivesse pelo menos o mínimo de respaldo gramatical.

Esperamos ter sido suficientemente compre-

endidos pelo amigo e leal leitor.

Grande abraço.

pedralis
Enviado por pedralis em 01/07/2010
Código do texto: T2351555
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