Ousamos discordar da existência da palavra "presidenta", como feminino de "presidente"...
...pelo menos se for levado em conta a justi-ficativa, mais adiante exposta, apresentada por uma expressiva quan-
tidade de gramáticos.
Acompanhe...
Tem-se como regra geral, no que se refere
à flexão para feminino, que "as palavras terminadas em ENTE (acrés-
cimo nosso : seja substantivo ou adjetivo) só dispõem de uma única
forma para os dois gêneros (é o que corresponde àquele tipo especial
de gênero do substantivo chamado "comum de dois gêneros")".
E, para comprová-lo, temos SUBSTANTIVOS
como :
- adquirENTE (o e a adquirente)
- adolesceENTE (o e a...)
- dissidENTE (o e a...), dentre outros.
Dentre os ADJETIVOS, são todos. Dentre e-
eles...
- NegligENTE
- AdjacENTE
- IndecENTE, etc, etc...
Aqui, entra o nosso questionamento :
Se temos a regra acima, por que, então, a
existência da forma feminina presidENTA (=substantivo) ?
Os gramáticos que defendem a existência
dessa palavra apresentam como justificativa o fato de ela (essa
palavra) INDICAR UM CARGO.
Para nós, porém, evocar tal particularidade
não tem o embasamente necessário, SE CONSIDERARMOS QUE A PALAVRA "S U P L E N T E " - que, também, corresponde a um cargo
(temos SUPLENTE de vereador, SUPLENTE de senador...) e, para o Aurélio, A PALAVRA SUPLENTE É COMUM DE DOIS GÊNEROS, ou seja:
tanto se refere ao masculino como ao feminino.
Em resumo, para não termos considerados
como "integrante da turma do CONTRA", até poderíamos aceitar
a palavra "presidENTA" (assim como parENTA) como uma dessas
duas alternativas :
Ou
"consagração pelo uso" (que, também, não
seria totalmente verdadeiro, PORQUE A MAIORIA OPTA PELA PALAVRA
"presidente" para os dois gêneros);
ou (ESTA NOS PARECE MAIS RAZOÁVEL ) :
E X C E Ç Ã O D A R E G R A (sem apresen-
tação de "justificativa") ...
E o amigo leitor, o que acha deste nosso ques-
tionamento ?