Caso em que o prefixo "in" não indica "o contrário de"

Quando estudamos os "processos de formação de palavras", um de seus casos é o chamado de "prefixação", que consiste no "acréscimo de um prefixo a uma palavra já existente, alterando-lhe o significado".

Assim, temos :

Feliz (palavra-base) = alegre, satisfeito;

INfeliz (formado do prefixo "in" +

"feliz" - palavra-base) = triste, in-

satisfeito.

Nesta palavra (INfeliz), como num sem-número de outros exemplos análogos, o prefixo IN foi empregado para indicar a palavra-base em sentido oposto (antônimo).

Agora, repare o que ocorre com as palavras

"DEFESO" e "INDEFESO" :

"D E F E S O"

É o mesmo que "proibido", "vedado", "não permitido".

Exemplos : filme DEFESO (=proibido, censurado)

recurso DEFESO (=não permitido)

e, ainda :

Durante o DEFESO (época de procriação dos

peixes ou aves), é proibida a pesca

ou caça de determinadas espécies.

"I N D E F E S O"

Por analogia (seguindo o modelo FELIZ / INFELIZ), se

"DEFESO" significa "proibido", "INDEFESO" não D E V E R I A significar "permitido", "autorizado", como antônimos de "permitido",

"autorizado", etc ?

Mas, o sentido / significado que, desde criança, aprende-

mos para a palavra "indefeso" é "sem capacidade de reação", não é

verdade?

EX.: Bebê INDEFESO (criança incapaz de reagir a qualquer

crueldade de alguém mais desenvol-

vido).

Assim sendo, fugindo à lógica semântica, dizermos

"gesto INDEFESO" não equivale a "gesto PERMITIDO".

Não é estranho?

Temos na palavra "indefeso" um "falso cog-

nato", assim como ocorre na língua inglesa?

Só por curiosidade, confiram lá no "Aurélio"...

pedralis
Enviado por pedralis em 20/02/2011
Código do texto: T2804268
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