USO DOS PORQUÊS [EM VERSOS DE CORDEL]

Embora não faltem aqui excelentes elucidações acerca do tema, vale a pena transcrever, neste espaço, a divertida e muito proveitosa lição sobre o emprego dos PORQUÊS ministrada por JANDUHI DANTAS, extraída de seu excelente livro “Lições de Gramática em Versos de Cordel, Editora Vozes, 1ª ed., 2009, pp. 26/28”:

PORQUE DE TODO JEITO

O emprego dos porquês

há quem ache complicado.

Há porque de todo jeito:

porque junto, separado,

com acento, sem acento,

há porque pra todo agrado.

PORQUE

Porque junto e sem acento

será uma conjunção

explicativa ou causal,

de um pois tendo a função:

"Mateus está de castigo porque não fez a lição".

PORQUE = A FIM DE QUE

Se indicar finalidade,

porque é a fim de que:

"Não perturbe o cachorrinho porque não morda você",

"Porque não fique arranhado, ponha na capa o cedê".

POR QUE

"Por que não telefonou?"

Veja como está grafado:

na frase interrogativa,

sem acento e separado:

"Por que não disse a Bianca?"

"Por que não deu o recado?"

POR QUE

Por pelo qual e flexões

por que também é usado

(sendo a preposição por

ao pronome que ligado):

"Sei que é grande o sofrimento

por que você tem passado".

PORQUÊ

Quando for substantivo,

porquê junto, acentuado;

vindo depois de artigo

e por motivo empregado:

"Ele não disse o porquê de à aula ter faltado".

POR QUÊ

Por quê – em final de frase

interrogativa ou não.

E o que é acentuado

se no fim da oração:

"Lumária te disse o quê?"

(Entenda, preste atenção!)

David Fares
Enviado por David Fares em 10/10/2011
Reeditado em 10/10/2011
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