“EMPRESTEI UM LIVRO DE”, “TOMEI UM LIVRO EMPRESTADO AO” OU “PEDI UM LIVRO EMPRESTADO AO” ?
“Emprestei um livro de” por “Tomei um livro emprestado ao” ou “Pedi um livro emprestado ao”, segundo os clássicos, NÃO é construção vernácula. Sirva-se de exemplo este passo autorizado:
“Não tínhamos necessidade alguma de ‘pedir emprestado’ à nossa irmã o que ela e a nós nos herdou a mãe comum.” (JOSÉ DE SÁ NUNES, Jornal do Comércio, 19, VII, 53).
Mais um exemplo autorizado, agora do nosso grande e insubstituível MACHADO DE ASSIS:
“José Borges aproveitou esse estado de sonambulismo amoroso para ‘lhe pedir’ duzentos mil réis ‘emprestados’.” (Contos Fluminenses, II, p. 325).
Acerca do uso correto de “emprestar”, assim se expressou o grande SILVEIRA BUENO:
“Toda vez que o sujeito do verbo não fizer a ação, mas, ao contrário, recebê-la, não se poderá usar então o verbo ‘emprestar’, e sim a expressão ‘tomar ou pedir emprestado’.” (Português pelo Rádio).
Coisas da nossa inigualável Língua Portuguesa...