O ELEGANTE USO DOS SUPERLATIVOS [POUCOS SABEM]

Fora de seu emprego comum ou regular, PODE o superlativo — grau do adjetivo ou do advérbio que indica qualidade ou modalidade superior ou inferior — dar relevante cor e brilho à construção, ao fraseado. A propósito, colhem-se alguns exemplos extraídos do Novo Manual de Língua Portuguesa da F. T. D.:

O máximo dos homens.

A máxima das razões.

O péssimo dos criminosos.

O suprimo dos filólogos de nossa língua. – Sá Nunes.

O sensibilíssimo de todos os homens.

Não tive coisíssima nenhuma. – João Luso.

O novíssimo dos dicionários de galicismo. – Sá Nunes.

E mais:

O poderosíssimo dos governos. = O mais poderoso dos governos.

A lindíssima das jovens. = A mais linda das jovens.

Rui, o eloquentíssimo dos oradores. = Rui, o mais eloquente dos oradores.

Maria Santíssima foi a puríssima entre as mulheres. = Maria Santíssima foi a mais pura entre as mulheres.

Texto embasado no notável opúsculo “GUIA PARA ESCREVER BEM”, Livraria Freitas Bastos S. A., 2ª ed., 1966, do renomado FERÚCCIO FABBRI.

É ou não curiosa e apaixonante nossa inigualável Língua Portuguesa?

David Fares
Enviado por David Fares em 29/03/2012
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