EMPREGO DO RELATIVO “CUJO” [OBSERVAÇÕES]
O pronome relativo CUJO e flexões [CUJOS, CUJAS e CUJAS] é usado corretamente quando equivaler a: “DE QUEM”, “DO QUAL”, “DA QUAL”, “DOS QUAIS”, “DAS QUAIS”.
— CUJO e flexões concorda em gênero e número com o substantivo que vem depois.
Exemplo:
Eis aqui a mãe CUJO filho é nosso amigo.
— CUJO e flexões é empregado ainda depois das preposições “A”, “DE”, “COM”, “PARA”, “EM”, etc. Sempre em lugar de “DE QUEM”, “DO QUAL”, “DOS QUAIS”, “DAS QUAIS”.
Exemplos:
Vejam ali o professor DE CUJA escola fui aluno.
Júri COM CUJA decisão não concordo.
Filisbina é a mulher COM CUJA irmã falei há pouco.
— CUJO e flexões NÃO aceita artigo após si.
Exemplos:
Os pais CUJOS filhos são engenheiros. [e não: CUJOS OS filhos...]
Leudegunda era mulher CUJA beleza todos admiravam. [e não: CUJA A beleza...]
Eis o homem CUJO filho foi atripleado. [e não: CUJO O filho...]
— Nunca se usa o acento indicativo de crase no A antes de CUJO e flexões.
Exemplo:
Eis a moça a CUJA festa comparecemos ontem.
— Quando CUJO e flexões forem seguidos de dois substantivos, concordará só com o primeiro.
Exemplo:
Eis o homem CUJO filho e filha foram atropelados.
Eis o homem CUJA filha e filho foram atropleados.
— É erro usar CUJO e flexões em lugar de DE QUE. Não se deve, pois, escrever: Eis o homem, CUJO eu conheço.
Nada obstante, jamais deixaremos de atentar para o fato de que “As razões da divergência são mais úteis do que as da concordância, porque suscitam reflexão e o reexame de nossas opiniões.” — B. Calheiros Bomfim.
É ou não intrigante nossa Língua Portuguesa?