EMPREGO DO RELATIVO “CUJO” [OBSERVAÇÕES]

O pronome relativo CUJO e flexões [CUJOS, CUJAS e CUJAS] é usado corretamente quando equivaler a: “DE QUEM”, “DO QUAL”, “DA QUAL”, “DOS QUAIS”, “DAS QUAIS”.

— CUJO e flexões concorda em gênero e número com o substantivo que vem depois.

Exemplo:

Eis aqui a mãe CUJO filho é nosso amigo.

— CUJO e flexões é empregado ainda depois das preposições “A”, “DE”, “COM”, “PARA”, “EM”, etc. Sempre em lugar de “DE QUEM”, “DO QUAL”, “DOS QUAIS”, “DAS QUAIS”.

Exemplos:

Vejam ali o professor DE CUJA escola fui aluno.

Júri COM CUJA decisão não concordo.

Filisbina é a mulher COM CUJA irmã falei há pouco.

— CUJO e flexões NÃO aceita artigo após si.

Exemplos:

Os pais CUJOS filhos são engenheiros. [e não: CUJOS OS filhos...]

Leudegunda era mulher CUJA beleza todos admiravam. [e não: CUJA A beleza...]

Eis o homem CUJO filho foi atripleado. [e não: CUJO O filho...]

— Nunca se usa o acento indicativo de crase no A antes de CUJO e flexões.

Exemplo:

Eis a moça a CUJA festa comparecemos ontem.

— Quando CUJO e flexões forem seguidos de dois substantivos, concordará só com o primeiro.

Exemplo:

Eis o homem CUJO filho e filha foram atropelados.

Eis o homem CUJA filha e filho foram atropleados.

— É erro usar CUJO e flexões em lugar de DE QUE. Não se deve, pois, escrever: Eis o homem, CUJO eu conheço.

Nada obstante, jamais deixaremos de atentar para o fato de que “As razões da divergência são mais úteis do que as da concordância, porque suscitam reflexão e o reexame de nossas opiniões.” — B. Calheiros Bomfim.

É ou não intrigante nossa Língua Portuguesa?

David Fares
Enviado por David Fares em 12/05/2012
Reeditado em 12/05/2012
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