..."TEMPESTADE NUM COPO D'ÁGUA".

Esse foi o comentário respeitante a minha mais recente postagem ("somente escrevendo se evita esse" cacófato...), feito por 'minino caldas', a quem fico grato pela a atenção do "scrap" deixado. Não entro no mérito do conteúdo do que ele falou, por ser um detalhe de opinião.

Mas, o que me levou a escrever ESTE texto, foi ESTE pensamento: "Somos um nada em relação ao universo, mas somos um universo relativamente ao nada". Com efeito, caso o porte físico do homem fosse comparado com as dimensões do espaço sideral, para o qual a Terra é apenas um ponto perdido, o homem não é nada. Porém, se levarmos em conta as partículas atômicas e subatômicas, somos de dimensões realmente universais.

Tudo depende, como a Física ensina, do referencial: Podemos ser um ponto material ou o espaço por onde um móvel percorre sua trajetória. Ou: Podemos, em repouso, estar em movimento, ou, mesmo nos locomovendo, estar em repouso.

Em síntese, algo pode ser muito pequeno ou demadiadamente grande, tudo dependendo do ponto de vista de quem olha. Há quem queira levar isso ao extremo, transportando ESSE relativismo para a cultura (Moral, por exemplo) e para a sociedade. Por esse motivo, existem pessoas que não acreditam em valores absolutos, um equívoco que só se aceitaria se fosse cometido por quem vive sem nenhum órgão dos sentidos (ou do intelecto) funcionando.

Vamos, agora, ao cerne do que desejamos pontuar: Um COPO D'ÁGUA pode, sim, fazer uma tempestade! Ou pelo menos estragos torrenciais. Só precisa ISTO: Que as vítimas sejam de dimensões bastante menores. Para as formigas, por exemplo, um COPO COM ÁGUA já pode provocar correntes e ondas tsunâmicas. Ainda aqui, é mister levar em conta o tamanho do copo e das formigas.

Ou então, que tenhamos dois gigantes do idioma discutindo sobre a forma mais aceita de grafar a expressão. Só que, NESTE CASO, não ocorrem estragos. Pelo contrário, provocam instigantes, valiosos e profícuos debates, dos quais todos tiramos grande proveito.

Grande abraço a todos, particularmente apertado para os amigos Fares, Paz e o minino.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 14/06/2012
Reeditado em 25/06/2012
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