Um caipira se metendo a dar aula de português

Parece até brincadeira um caipira, semi-analfabeto querer dar aula de gramática portuguesa. Estou escrevendo este texto, não com intenção de dar aula propriamente, mas para que um professor leia, me corrija e faça uma avaliação sobre o meu pouco conhecimento.

Eu fico indignado quando leio um artigo e encontro erros grotescos de português. Como por exemplo: Simplismente, previlégio, fazem muitos anos, beneficiente, coisas assim que me chocam profundamente.

Muitos usam a crase antes do masculino. Só se usa crase numa sentença feminina. Usam vírgulas de forma inadequada. Se eu sou metido a escritor, tenho por obrigação de escrever com menos erros erros possíveis. Comecemos pela palavra: simplesmente.

Se escrevemos simples e não simplis, então a palavra passa obedecer a regra; Simplesmente. Privilégio e não previlégio. Agora no caso de beneficente, muios pensam porque ela ser derivada de beneficio, escrevem beneficiente (inadequado) .O correto é: beneficente. O i desaparece. Onde desaparece também o i, é nas palavras: passeio, rodeio, campeio, ceia... ao flexionar, o i desaparece. Exemplo: passear, rodear, campear, cear...

E quanto ao fazem muitos anos, é também um erro imperdoável. Porque anos, meses, horas, minutos e segundos, são advérbio de tempo. E como fazem precisa mais de um para fazer; e o tempo se faz sozinho, é inadequado usar o plural do verbo fazer. Portanto o correto é: faz muitos anos, faz muitos meses, faz muitas horas, minutos e segundos.

E a palavra porque se escreve de quatro maneiras. Numa sentença afirmativa, porque se escreve junto. Porém numa sentença interrogativa, o por que se escreve separado. Exemplo:"Por que você não foi trabalhar hoje?" "Eu não fui trabalhar hoje porque estive doente."

E só se usa o acento no porque quando é no final da sentença. Exemplo: "Você não foi trabalhar hoje, por quê?

Escreve o porque todo junto e com acento, quando existe o artigo na frente para substituir a palavra: por qual ou o motivo, exemplo: " Eu não entendi o porquê daquela briga! Para substituir, eu não entendi o motivo daquela briga, ou a razão daquela briga.entendeu?

Também muitas pessoas fazem confusão na frase onde a aonde. Só se escreve aonde quando dá sentido de movimento. Exemplo: "aonde você vai? ou onde você mora? Não é preciso eu explicar que morar é sentido de imóvel, e ir é sentido de movimento.

E a palavra mim e eu também confunde. Só se usa a palavra mim se for no final da sentença, caso contrário, se usa: eu. exemplo: "Me dá um copo de água pra eu beber. Ou:"me dá um copo de água pra mim".

E a palavra tem, só se usa o acento se for plural após. Exemplo:

" aqui no recanto da letras têm grandes poetas. ou: "ele tem muito talento! Outra coisa que a nossas professoras ensinavam antigamente, é: que a vírgula é para respirar. Eu não entendo o porquê que elas nos ensinavam errado. Quer dizer que um leitor atleta, com muito fôlego, lê um livro inteiro sem respirar. A vírgula, hoje sabemos que é para dar pausa numa sentença. Olha a importância que tem uma vírgula. Preste atenção na frase:" Você não foi trabalhar hoje? Resposta: " Não, irei amanhã. Se eu não colocar a vírgula após o não, dá a impressão que não vou trabalhar também amanhã.

Essas são pequenas coisas que um escritor deve sempre estar atento para não cair no ridículo e servir de chacota para pseudos intelectuais. Errar é humano, mas persistir no erro, é burrice.

Mas, que o nosso português é complicado pra burro, isso é!

Por favor, ilustre professor, meu caro amigo JAJÁ DE GUARACIABA, você que é um perito na gramática; tenho observado nos seus textos não conter erro de gramática nem de ortografia; peço-lhe o obséquio que corrija-me onde eu errei e dê-me uma nota de 0 a dez. Ficarei feliz se ganhar um quatro. Porque foi de quatro em quatro que fui levando e aprendendo. Grato.

Atenciosamente, Wilson José de Morais, vulgo: pintaeta.

.