“ABAIXAR” OU “BAIXAR”? [BREVE RECAPITULAÇÃO]
Fizemos publicar, neste nobre espaço cultural, o singelo texto “ABAIXAR” OU “BAIXAR”? [T2760124 de 29-1-2011], o qual, para nossa agradável surpresa e até a presente data, teve 42780 [quarenta e duas mil setecentas e oitenta] leituras. Trata-se de nosso texto mais lido e consultado!
Por essa razão, e atendendo a alguns pedidos de nossos ilustres leitores, resolvemos “recapitulá-lo”, tornando-o mais aprazível àqueles ainda insatisfeitos com o emprego desses “traiçoeiros” verbos, os quais, conquanto sinônimos, NÃO devem [podem] ser usados indistintamente. É o que pensamos, salvo melhor juízo, até porque nunca fomos o dono da verdade!
Emprega-se o verbo “abaixar”:
— Se o verbo for transitivo direto [= aquele que exprime ação ou estado que passa ou transita do sujeito para um objeto direto].
Exemplos:
O professor ABAIXOU a voz várias vezes durante a aula.
Aquele arrogante ministro ABAIXOU o topete.
O posto de gasolina do meu bairro ABAIXOU o preço do combustível.
Emprega-se o verbo “baixar”:
— Se o verbo for intransitivo [= aquele que exprime ação ou estado que não passa ou transita do sujeito para nenhum objeto].
Exemplos:
O nível das águas daquela represa BAIXOU.
O preço do gás na Bolívia BAIXOU.
Assim que a poeira BAIXAR, tomaremos as devidas providências.
— Se o verbo contiver o sentido de “expedir”, “destinar”, “despachar”, etc.:
Exemplos:
Aquele ministro BAIXOU várias portarias ontem.
O chefe da expedição BAIXARÁ as novas instruções em breve.
Foram BAIXADAS diversas ordens de serviço para este setor.
Para reflexão: “Ter razão é tão perigoso que muitas pessoas acham melhor não ter nenhuma.” — Carlos Drummond de Andrade