O EMPREGO DO ADVÉRBIO INCLUSIVE [RECOMENDAÇÃO]
Segundo recomendam os estudiosos do idioma, o advérbio “inclusive” deve ser usado NO FIM de uma enumeração. Não é recomendável — dissemos recomendável! — o emprego do advérbio “inclusive” ANTES da ideia que se diz incluída, e sim DEPOIS.
Exemplos:
Todos estavam à espera do resultado do concurso, “inclusive” os professores. [construção não recomendada]
Todos estavam à espera do resultado do concurso; os professores, inclusive. [construção recomendada]
Obs.: Nesse caso, é correto também o emprego do gerúndio “incluindo” ANTES da ideia a que se refere:
Exemplo:
Todos estavam à espera do resultado do concurso, incluindo os professores.
Ensinam os festejados professores REGINA TOLEDO DAMIÃO e ANTÔNIO HENRIQUES que:
“Inclusive: não é bom o emprego da expressão antes da idéia que se diz incluída, e. g.:
Todos estavam ansiosos com o resultado, inclusive os próprios jurados.
Mas:
Todos estavam ansiosos com o resultado; os próprios jurados, inclusive.
É correto, porém, o emprego da forma ‘incluindo’ antes da idéia a que se refere:
Todos estavam ansiosos com o resultado, incluindo os próprios jurados.” (Curso de Português Jurídico, Editora Atlas, 8ª ed., 2000, p. 69).
Para reflexão: “Ter razão é tão perigoso que muitas pessoas acham melhor não ter nenhuma.” — Carlos Drummond de Andrade