O EMPREGO DO ADVÉRBIO INCLUSIVE [RECOMENDAÇÃO]

Segundo recomendam os estudiosos do idioma, o advérbio “inclusive” deve ser usado NO FIM de uma enumeração. Não é recomendável — dissemos recomendável! — o emprego do advérbio “inclusive” ANTES da ideia que se diz incluída, e sim DEPOIS.

Exemplos:

Todos estavam à espera do resultado do concurso, “inclusive” os professores. [construção não recomendada]

Todos estavam à espera do resultado do concurso; os professores, inclusive. [construção recomendada]

Obs.: Nesse caso, é correto também o emprego do gerúndio “incluindo” ANTES da ideia a que se refere:

Exemplo:

Todos estavam à espera do resultado do concurso, incluindo os professores.

Ensinam os festejados professores REGINA TOLEDO DAMIÃO e ANTÔNIO HENRIQUES que:

“Inclusive: não é bom o emprego da expressão antes da idéia que se diz incluída, e. g.:

Todos estavam ansiosos com o resultado, inclusive os próprios jurados.

Mas:

Todos estavam ansiosos com o resultado; os próprios jurados, inclusive.

É correto, porém, o emprego da forma ‘incluindo’ antes da idéia a que se refere:

Todos estavam ansiosos com o resultado, incluindo os próprios jurados.” (Curso de Português Jurídico, Editora Atlas, 8ª ed., 2000, p. 69).

Para reflexão: “Ter razão é tão perigoso que muitas pessoas acham melhor não ter nenhuma.” — Carlos Drummond de Andrade

David Fares
Enviado por David Fares em 14/10/2013
Reeditado em 15/10/2013
Código do texto: T4524532
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