AS EXPRESSÕES “SE ACASO” E “SE CASO”

É preciso muito cuidado no emprego de certas expressões da Língua Portuguesa. A expressão “SE ACASO”, por exemplo, quando empregada no sentido de “se porventura” é gramaticalmente correta e aceita. O vocábulo “ACASO”, por sua vez, significa “por acaso”, “porventura”, não tendo, pois, nenhuma relação com a conjunção condicional “CASO”.

Exemplos:

SE ACASO você chegasse ao restaurante, almoçaríamos juntos, Craquilda!

SE ACASO você encontrar a bela Filisbina, diga-lhe que a amo.

Entretanto, na expressão “SE CASO” — essa, sim, gramaticalmente condenável! — há indisfarçável redundância viciosa formada por palavras de igual significado. Deve-se, pois, usá-las isoladamente, jamais em conjunto.

Exemplos:

CASO você venha ao restaurante, avise-me. [correto]

SE você vier ao restaurante, avise-me. [correto]

Assim é que, dizer e escrever “se caso” é o mesmo que dizer e escrever “se se”, haja vista tratar-se de duas conjunções condicionais, exprimindo ambas uma condição.

Coisas da nossa intrigante e admirável Língua Portuguesa...

Para reflexão: “Aquele que aprende e não põe em prática o que aprendeu é como aquele que ara e não semeia.” — Saadi

David Fares
Enviado por David Fares em 28/11/2013
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