“INOBSTANTE” A RECUSA DO RÉU EM CONFESSAR O CRIME, ...
Recomendam os estudiosos do nosso idioma que se deva, a bem da pureza do idioma, evitar o uso do neologismo INOBSTANTE que circula diariamente nos meios forenses. Para isso, basta substituí-lo pela formas vernáculas já consagradas na língua, ou seja, NÃO OBSTANTE ou NADA OBSTANTE.
Ensina-nos o grande gramático e dicionarista pátrio LUIZ ANTONIO SACCONI:
“‘inobstante’
Palavra inexistente, mas muito a gosto de certos advogados, que costumam escrever: ‘O locatário foi insultado, ‘inobstante’ haver pago pontualmente seu aluguer. ‘O réu tinha bons antecedentes, ‘inobstante’ o crime que cometeu. A língua possui ‘não obstante’.”. (Dicionário de Dúvidas, Dificuldades e Curiosidades da Língua Portuguesa, Editora Harbra, 1ª ed., 2005, p. 229).
Coisas da nossa curiosa e apaixonante Língua Portuguesa...
Para reflexão: “Conscientizar-se da própria ignorância é um grande passo para aprender.” — Benjamin Disraeli