“Ele apanhou na cara da mulher”, tem vírgula?

A mensagem de texto dizia sobre o irmão da Dona Cici:

- “Ele apanhou na cara da mulher”.

Dona Cici (que recebeu a mensagem) era irmã do Seu Joca e também era professora de língua portuguesa e nem quis saber de tomar as dores do seu próprio irmão. Soltou o verbo em cima da Dona Marocas, que lhe dava essa tal notícia de que seu irmão havia sofrido violência:

- A senhora, ô... Dona Marocas, não sabe nem digitar no Zap e vem querer se meter na vida do meu irmão que tem uma mulher maravilhosa. Esqueceu da vírgula antes de digitar “da mulher”. Se minha cunhada fez isso, teve motivos. Pois olhe só: “ele apanhou na cara” uma vírgula, ok? Vá cuidar do seu marido!

Coitada da professora Dona Cici, que ficou sem saber logo que a polícia tinha flagrado o irmão dela roubando e que a Dona Marocas realmente não soube contar o ocorrido. O irmão tinha reagido e levado um “corretivo” dos policiais. Bastava ela ter usado a vírgula assim:

- Ele apanhou, – (olha a vírgula aí) – na cara (presença) da mulher.

Ou seja:

- “Ele apanhou, na cara da mulher!”

:::::::::::::::::::::::::::

Comentário final do Tex --------- Antes de julgar pela vírgula, faça uma pausa e pense.