Nas ruas do Rio
Desespero, calafrio
Do pai e do filho.

No sul, no norte,
Leste, Oeste,
A bala, a morte.

Que intervenção
Vai deter a gangrena
Da corrupção?

Parar a sangria?
Como, o próprio Estado
É quem financia.

Marielle é morta.
A caravana vai passar.
Quem se importa?

Rio é carnaval.
O surdo repica. Tudo
Fica igual.