AÍ VAI

DEFININDO

Medo tem cara...
parece atropelo.
Hora do rush.

TRAVESSURA

Paredes nuas.
Picho flores que pisei
Pelo asfalto

TÉDIO

Tempo que passa
feito falta que chega
O resto é dia

SUFOCO

Silêncio é voz
de sol nascendo e se
pondo a pino

FANTASIA

Leio a tua face
com cores inventadas
no nosso laptop

ROUPAGEM

Olho no olho.
Visto tua pele ficando,
assim, nua de vez

SURRREALISMO

Chuva chegando
derrama lágrimas no
vidro das cortinas

BUSCA

Caminho... chego.
Sei lá aonde ou quando.
Destinos seguem.

BELEZA

Se dás um riso
girassóis brotam entre
nuvens de azuis.

ORA, ORA

Será brinquedo?
Se você me acha eu
morro de medo

BEBÊ

Hora de ninar.
Hora de pegar, nanar.
Sonho em brasa...

VIAJANTE

Comungo vozes
de idiomas vários.
PO-LI-GLO-TA fui.

CATANDO

Boto anúncios.
Propagado em rádios.
És achado ou não.

VINGANÇA

Cometo crimes
sufocando os dias
em que não te vejo.

CONSTATAÇÃO

As borboletas
Zoam de asas abertas
Derramadas sob mim.

BARULHO

Ranjo os dentes.
e continentes lançam
sons estridentes

É ASSIM

Ausência tua...
Nada parece tanto
com bicho morto
Iza Calbo
Enviado por Iza Calbo em 20/07/2008
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T1088852
Classificação de conteúdo: seguro
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