Nuvens grossas
Acorda  Pelotas
Chuva desaba

Tempestade
Animais assustados
Trovoadas

Relâmpagos
Céu pedrento
Chuva e vento

Chuva forte
Quebram os galhos
Folhas choram

Forte tormenta
Bichano arregala
Olhos verdes

Toró bendito
Encharca a terra
Abençoa a safra

Ruas molhadas
Escorregam calçados
Grande bailado

Mas que desordem
Adentram a casa
Cães molhados

Poça de água
Reflete firmamento
Cor cinza prata

Grande silêncio
Canário encolhido
Medo da chuva

Aves ousadas
Caturritas em bando
Brincam na chuva

Arrisca vôo
Beija-flor ensopado
Nas madressilvas

Chuva miúda
Respinga no vidro
Embaça vidraças

Oh! Que dó
Penas encharcadas
Pobres aves

Chuva amena
Goteja da telha
Sapo coaxa

Roupa esvoaça
Enroscada no varal
Forte temporal

Orquestra rege
Sinfonia da chuva
Notas do vento

Gotas de chuva
Plic, plac, enche bebedouro
Cachorrinho Puff

Balé perfeito
Pétalas de rosas
No palco tempo

Chegou a tarde
Chuvarada amaina
Vou postar Haikais

Nota: Inspiração nos fortes ventos e a intensa chuva que visita desde a madrugada minha cidade  



Ao Poeta Alberto Fernando Couto meu agradecimento pela interação, beijokas

Não sei criar haikais / Mas tal qual Pelotas / ninguém faz doces iguais

verita
Enviado por verita em 30/11/2011
Reeditado em 22/12/2011
Código do texto: T3364839
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