Os Lírios Falecidos

De flôr sou a sua floração e seu suor em seiva

Consigo flui o sentir-se à sós que não consinto

Sofro com teu pesar ao colo deposto em ramos

E me carregas sem sorrir e não vê o meu choro

Caio em desmaio aflita sem o caule a me suster

Sinto teu calor aflito por quem jamais o delatará!

E o teu crime foi em me colher desatino a custo

Sem em deixar despedir-me dos ramos sem amôr

De meu mais ajardinado tu me retiras condenada

Ao longe parto em lágrimas que por ti desamparo

Eu te peço que me recolhas ao vaso mais cristal

Ou de prata castiça para meu pendor deslumbrar

Não me leve para ser jogada ao desviar olhares...

E nunca me abandone em carne verde sem água!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 18/03/2014
Código do texto: T4734571
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