Os Lírios Falecidos
De flôr sou a sua floração e seu suor em seiva
Consigo flui o sentir-se à sós que não consinto
Sofro com teu pesar ao colo deposto em ramos
E me carregas sem sorrir e não vê o meu choro
Caio em desmaio aflita sem o caule a me suster
Sinto teu calor aflito por quem jamais o delatará!
E o teu crime foi em me colher desatino a custo
Sem em deixar despedir-me dos ramos sem amôr
De meu mais ajardinado tu me retiras condenada
Ao longe parto em lágrimas que por ti desamparo
Eu te peço que me recolhas ao vaso mais cristal
Ou de prata castiça para meu pendor deslumbrar
Não me leve para ser jogada ao desviar olhares...
E nunca me abandone em carne verde sem água!