Arejar
Ao vento resisto os cabelos, a fronte aspira receios de rugas
Entre rios e mares eis a fuga de meus enjoados pensamentos
Entrego ao Sol a justiça de enfeiar a pele alva e mui honesta
E na natureza emprego o descaminhar de meus ensinamentos
Uma primavera distante dita a moda em minhas flores remidas
Meus cabelos presos agora desfiam a soltar esperanças azuis
Suspiro na natural defesa do jardim, que se nomeia resistente
Dos frutos vistos cada apego dos sentidos demasiado amores
E assim respiro, assim insisto, ao céu acima e eu em meu reino
Por ora aceito as fadas ao pomar e as neblinas concede luz...