Copo, palavras e afeto.

.... e nós íamos ao "Lamas" quando o preço do chopp ainda valia a pena. E falávamos sobre círculos, tangentes, repetições, pulsões, compulsões, conceitos fresquinhos que debatíamos com a propriedade de quem ainda não sabe nada. A noite passava entre lágrimas, confissões e a última saideira. Tecíamos nossa amizade nessa cumplicidade de copo. "Serafim", em Larenjeiras...."Frango Veloz", na Tijuca... "Pizzaria Guanabara", fim de noite, indo pra casa. Muito a falar, sempre um fio a puxar... e quando se puxa um fio, quantos outros desenrolam... Mas numa noite, algo desandou; a malha arrebentou. Puxamos demais. Na hora, não percebi; fiquei apenas com a ponta do fio entre os dedos, sem saber o que fazer. O tempo passou. Tanta coisa aconteceu.

Agora temos um outro novelo; continuamos tecendo nossa história.

(Para minha amiga de sempre..... Rose)