Astro solitário,
Ao anoitecer
Anoi-teço.

Pássaro só,
Ao amanhecer
Amanheço,
A-CORD-o,
Con-CORD-o
E re-CORD-o

Que um dos meus enérgicos
Sentidos deste dia de vida
É amar, com paixão desvairada e louca,
Principalmente, as amigas,
Pois a Arte de Amar é longa
E a nossa duração é pouca.

Daí, as conclamo
Que as quero entre si companheiras,
Que como as amo,
As quero em con-CÓRD-ia,
Só em brincadeiras,
Unidas em harmonia,
Jamais em brigadeiras,
Sem as confusões
Geradas pelas ciumeiras.

E, em prol da produção,
Abelhas, do méis
Pros, para mim, ca/rinho-rícias
De delícias e brandícias,
Formigas, dos mantimentos
Pros, do meu coração,
Invernos, aranhas,
Das fiações e tecelagens
Pras minhas redes de proteção.

Qual eu, formigo, aranho
Beija-flor livre e zangão
Pras minhas amigas,
Amigo para sempre,
Ainda que algum dia,
Com alguma delas
Com/qual excelência de rainha.[/red]


---Gabriel da Fonseca

Ctba, 08/09/07; 1044.  

Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 02/06/2008
Código do texto: T1016871

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