FILÓSOFOS E POETAS

Há séculos, a humanidade saboreia

os frutos dos sábios conhecimentos

filosóficos, ao mesmo tempo em que

se encanta, comovida, com os sonhos

da admirável percepção poética...

É notória, porém, a dessemelhança de

idealismo entre o filósofo e o poeta:

o filósofo debruça-se inquieto em sua

irrestrita racionalidade, enquanto o

poeta inclina-se cada vez mais, em sua

sina de enfeitar a vivência terrena.

O filósofo busca respostas para a existência

do ser e do Universo. O poeta, por sua vez,

delicia-se com o rito da natureza muda,

e vê o mundo num grão de areia!

O filósofo interroga, questiona e polemiza

na angústia do nada, no afã de encontrar

motivos para a existência de tudo.

O poeta sonha um supra mundo perfeito,

desfolhando até mesmo das flores mortas,

belos poemas no fluir de seus belos dias!

Ambos, porém, seguem seus destinos

com olhares perscrutadores em linhas

paralelas e assim, maravilhados pelo

perfeccionismo da natureza, cada qual

morre com sua certeza,

rumo ao eterno da incerteza...

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 20/06/2008
Reeditado em 13/09/2010
Código do texto: T1043049
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